O mundo da música perdeu neste domingo (20) um de seus grandes nomes. Owen Gray, cantor jamaicano considerado um dos pioneiros do reggae, faleceu aos 86 anos em Londres, onde vivia desde a década de 1960.
A informação foi confirmada por sua filha, Antonitte Gray, em entrevista ao Jamaica Observer. Segundo ela, o artista enfrentava problemas de saúde desde que sofreu um derrame há quatro anos. Em 2019, Owen Gray foi diagnosticado com câncer de pulmão.
Primeiro artista jamaicano a conquistar o Reino Unido

Nascido em 5 de julho de 1939, em St. Mary, na Jamaica, Owen Gray começou a cantar ainda criança. Aos 12 anos, já se apresentava em shows locais. Com voz marcante e presença de palco, chamou a atenção do produtor Clement Dodd, do lendário estúdio Studio One.
Nos anos 1960, se tornou o primeiro cantor jamaicano a fazer sucesso no Reino Unido. Foi também o primeiro artista a gravar pela Island Records, com a música “Patricia”, marco na história do reggae.
Referência no ska, rocksteady e reggae
Owen Gray transitou por diversos estilos da música jamaicana. Cantou ska, rocksteady e, mais tarde, reggae — ritmo no qual fincou seu nome como referência. Seu trabalho influenciou artistas como Jimmy Cliff, Dennis Brown e Freddie McGregor.
Mesmo com o avanço da idade, continuou compondo e fazendo apresentações até os anos 2010. Em 2023, recebeu a Ordem de Distinção (classe oficial), uma das maiores honrarias do governo da Jamaica.
Legado eterno
A morte de Owen Gray representa uma grande perda para a cultura jamaicana e para o reggae mundial. Seu legado segue vivo em músicas que atravessaram gerações e abriram caminho para a internacionalização do gênero.
Ele deixa filhos, netos, bisnetos e duas irmãs. Também deixa a história de quem ajudou a construir, com voz e coragem, o alicerce de uma das maiores expressões culturais da Jamaica.
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